Carro Flex, abastecer álcool ou gasolina?

Levando em consideração: a gasolina básica aditivada à R$2.499, o álcool à R$ 1.09 e a disseminada “mistura ideal” (1.7), por parte da campanha em alguns postos de gasolina e sites na internet que afirmam ser melhor abastecer 30% de gasolina e 70% de álcool em carros flex. Teremos 3 cenários:

  1. Abastecendo R$50,00 de Álcool no carro, que corresponde a cerca de 46 litros, e considerando o rendimento de 6,7km/l, temos uma autonomia de 308,2km.
  2. Abastecendo R$50,00 de Álcool com Gasolina na mistura ideal, teremos por volta de 31 litros de combustível, e uma autonomia de 246km (com média de 7,9km/l de rendimento, que é 70% da autonomia do álcool acrescida dos 30% da autonomia da gasolina).
  3. Abastecendo R$50,00 de Gasolina, teremos 20 litros e, considerando que ele renda 10km/l obtemos 200km de autonomia.
  4. (Observação) Com 46 litros de Gasolina, à 10km/l obtemos 460km de autonomia, ao custo de R$115.00.

Desse pensamento conclui-se que mesmo a Gasolina sendo mais potente que o Álcool (é preciso quase 2x mais álcool para que o carro ande a mesma distância comparado à gasolina), com o custo relativo entre os combustíveis você abastece mais vezes com o Álcool mas também anda mais kilômetros com o mesmo… o que nos gera uma certa economia financeira!

Um aspecto interessante é se você for em uma viagem longa e não quiser depender da qualidade do combustível no posto que você encontrar pelo caminho…. então você completa o tanque com gasolina em seu posto favorito… pagará mais caro, mas a gasolina de qualidade irá render bons kilômetros até chegar ao seu destino… (como indica o cenário 4)!

Mas para o dia a dia dentro da cidade.. o negócio é viver de álcool mesmo! E desce mais uma caninha aí!! 😛

Anexo 15/09/2010: Sobre o modo de dirigir;

Levando em consideração uma estrada plana e sem trânsito, um automóvel de 1800 cilindradas consome em 4 horas 1/8 do seu tanque de combustível com o motor funcionando à exatos 1000 rpm, o que corresponderia a andar à 50km/h em quinta marcha em nossa estrada plana e sem trânsito, nos rendendo 200km de autonomia durante essas 4 horas.

Já acelerando um pouco mais, à 2000rpm, chegamos a 80km/h em quinta marcha e consumimos os mesmos 1/8 do tanque em apenas 2 horas, o que nos rende 160km de autonomia.

Chegando à 3000rpm, já alcançamos 110km/h em quinta marcha e consumimos 1/8 do tanque em cerca de 1h20, obtendo apenas 143km de autonomia.

Indo à 4000rpm, atingimos 140km/h em quinta marcha e consumimos 1/8 do tanque em 1 hora, conseguindo 140km de autonomia.

E por fim, além dos 5000rpm, que alcançamos 170km/h em quinta marcha, consumiremos 1/8 do tanque em 45 minutos ganhando apenas 136km de autonomia…

Isso nos confirma em números o que muitos especialistas dizem, que se andar devagar e em marchas mais altas quando a condição do trânsito nos permite, gera uma economia muito maior de combustível… além de prover uma dirigibilidade mais confortável e com maior segurança!

É interessante lembrar também que reduzir as marchas quando se quiser reduzir a velocidade do automóvel colabora para a segurança e economia do combustível. Pois um carro engrenado possui maior controle e dirigibilidade quando comparado ao estado de ponto morto.

Praticamente todos os automóveis de passeio hoje contam com um recurso chamado cut-off que é o corte de injeção de gasolina efetuado pela central de processamento do automóvel quando o mesmo percebe que o automóvel consegue andar de maneira autônoma com sua inércia; ou seja, quando não pisamos no acelerador o motor não utiliza gasolina… esse feito é muito perceptível e comentado quando descemos por exemplo uma ladeira com o veículo engrenado, durante todo o tempo da descida é feito o corte da injeção de combustível e o veículo só volta a utilizar o combustível quando pisarmos no acelerador para arremeter a velocidade durante a subida. Ao passo que se deixarmos o veículo apenas em ponto morto não irá ocorrer o cut-off.

O mesmo efeito da ladeira pode ser obtido ao frenar o veículo, por exemplo, reduzindo gradualmente as marchas ao parar em um farol. Utilizando-se assim do freio motor conseguimos uma economia dupla, economizando combustível com o cut-off e reduzindo o desgaste das pastilhas de freio! Além de proporcionar uma parada muito mais suave e gradual do veículo.

Com o treino e com o passar do tempo podemos dirigir de maneira muito mais segura e agradável, socialmente e economicamente, dispondo de conforto e qualidade apreciando o melhor dos nossos automóveis!

😀

Revisão 05/04/2012: Sobre o modo de dirigir;

Marchas mais altas não tornam o carro ou a dirigibilidade mais seguras, já que as mesmas dificultam uma retomada ou redução ágil da velocidade de cruzeiro.